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Sessão na Câmara de Birigui tem discussão acalorada sobre ética parlamentar

  • Foto do escritor: Jackson Andrade
    Jackson Andrade
  • 8 de out.
  • 2 min de leitura

Código de Ética prevê punições que vão de censura à perda de mandato; votação ainda está pendente.


Por Redação Mantaro | 08/10/2025 • 23h25

Vereador José Fermino Grosso critica projeto e acusa tentativa de “engessar” atuação parlamentar. — Foto: Reprodução/Câmara Municipal de Birigui
Vereador José Fermino Grosso critica projeto e acusa tentativa de “engessar” atuação parlamentar. — Foto: Reprodução/Câmara Municipal de Birigui

Birigui (SP) – A discussão em torno do Projeto de Resolução que estabelece o novo Código de Ética e Decoro Parlamentar gerou tensão e troca de críticas durante a sessão desta semana na Câmara Municipal de Birigui (SP). A proposta, assinada pela mesa diretora e outros dois vereadores, visa consolidar normas de conduta, deveres fundamentais e penalidades aplicáveis aos parlamentares, além de atualizar o rito disciplinar conforme recomendações do Ministério Público.


O ponto alto da sessão ocorreu durante a palavra livre, quando o vereador José Fermino Grosso (PP) fez duras críticas à proposta. Ele alegou que o texto restringe a atuação dos vereadores e questionou a motivação da mesa diretora.

“Acho que esse projeto é para engessar o vereador”, afirmou.

Fermino sugeriu que, caso aprovado, a Câmara deixaria de cumprir seu papel fiscalizador e até ironizou o uso do espaço, dizendo que seria melhor alugá-lo para funcionamento de uma igreja.


As declarações provocaram reação imediata. O vereador Pastor Davi (PRD) pediu a palavra para manifestar descontentamento com o tom usado pelo colega, especialmente ao se referir à igreja de maneira considerada pejorativa. “Respeito o colega, vejo a indignação, mas está falando da igreja de forma pejorativa. A ofensa à igreja é desnecessária.”, disse.


O presidente da Casa, Pastor Reginaldo (PL), respondeu às críticas enfatizando que a proposta atende a uma demanda externa.

“Estamos mexendo no Código porque fomos notificados pelo Ministério Público. Trabalho com ética e transparência”, explicou.

O presidente também mencionou que denúncias internas são tratadas com sigilo para preservar os envolvidos e destacou que parte da imprensa busca informações que não são divulgadas pela presidência.


O projeto prevê, entre outras medidas, a criação de um Conselho Disciplinar de Ética, responsável por instaurar processos e emitir pareceres sobre condutas irregulares. As sanções previstas vão desde advertência por escrito até a cassação do mandato, conforme a gravidade da infração.


Apesar do embate, a proposta ainda será submetida à votação em plenário, exigindo quórum qualificado para aprovação. A expectativa é de novos debates intensos nas próximas sessões legislativas.

 
 
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