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PF em megaoperação contra o PCC prende mulher em Birigui

Por Redação - Mantaro* | 31/08/2020 • 10h54

Uma mulher foi presa manhã desta segunda-feira (31) em Birigui (SP), em uma megaoperação coordenada pela Polícia Federal (PF). Apreensão feita através da Operação Caixa Forte - Fase 02.


Além do mandado de prisão e de busca e apreensão feito em Birigui (SP), a ofensiva busca cumprir 623 ordens judiciais – 422 mandados de prisão preventiva e 201 de busca e apreensão em diversos Estados e no Distrito Federal. As ordens foram expedidas pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte que determinou ainda o bloqueio de até R$ 252 milhões dos investigados.


Entre os alvos estão integrantes do PCC, familiares e outras pessoas responsáveis por lavar dinheiro para a organização. O estado com o maior número de mandados de prisão é o Paraná, com 101.


Segundo a PF, esta é a maior operação da corporação em número de estados, mandados e valores apreendidos. Só em um endereço, em Santos, no litoral de São Paulo, agentes encontraram R$ 2 milhões e US$ 730 mil em espécie.


Mais de R$ 2 milhões foram apreendidos em Santos, litoral de SP, nesta manhã — Foto: Polícia Federal/Divulgação


Em Cuiabá (MT), houve confronto e um policial acabou baleado. Ele foi salvo pelo colete à prova de balas.

Policial foi baleado em confronto, em Cuiabá, durante operação 'Caixa Forte - Parte 2' — Foto: Polícia Federal/Divulgação


COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA

De acordo com as investigações, 220 pessoas que estão atualmente detidas em presídios federais recebiam um auxílio mensal da facção por terem alcançado cargos de alto escalão na organização criminosa ou por terem realizado missões, como a execução de servidores públicos.


O delegado Alexander Castro, coordenador da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (FICCO) em MG, afirmou que o pagamento variava dependendo da função ocupada pela pessoa dentro do esquema. O responsável pela morte de um juiz ou de um policial, por exemplo, recebia mais do que chefes do primeiro escalão.


É um valor tabelado, estabelecido pela facção criminosa, que vai depender da complexidade da missão", disse o delegado de Polícia Civil, Murillo Ribeiro.

Eles destacaram ainda que essas missões eram realizadas antes da entrada destes criminosos no sistema prisional. "O Depen participa dessa força integrada, ele nos ajudou com inteligência. O nosso foco hoje é a lavagem de dinheiro de capitais que circula fora do sistema prisional", explicou o delegado Cairo Duarte, superintendente da Polícia Federal em Minas Gerais.


Os pagamentos eram feitos por meio de contas de pessoas que não pertenciam à facção, a fim de evitar a identificação dos recursos por parte das autoridades. "A gente tem certeza com comprovantes desde janeiro de 2018", completou Castro.


A operação batizada de Caixa Forte - Fase 2 é realizada pela FICCO, composta por PF, Polícia Civil de Minas Gerais, Polícia Rodoviária Federal, Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e Departamento Penitenciário de MG. As investigações desta etapa começaram há um ano.


"A Fase 1 investigou o 'Setor do Progresso' da maior facção criminosa do Brasil e, na documentação apreendida, nós identificamos que parte desse dinheiro estava sendo canalizado para contas de um determinado setor, o denominado 'Setor da Ajuda', que dentro da facção paga uma espécie de mesada, de salário", afirmou Castro.


*Com informações da Polícia Federal e G1

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