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Operação Fractal: ação em Birigui mira suspeitos ligados a esquema de R$ 21 milhões

  • Foto do escritor: Jackson Andrade
    Jackson Andrade
  • 21 de ago.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 24 de ago.

Investigação aponta que valores foram transferidos de forma fraudulenta usando vulnerabilidade em sistema de pagamentos.


Por Redação Mantaro | 21/08/2025 • 8h29

A operação investiga fraudes contra uma instituição bancária. — Foto: Reprodução/Polícia Civil de Birigui
A operação investiga fraudes contra uma instituição bancária. — Foto: Reprodução/Polícia Civil de Birigui

A Polícia Civil de Birigui (SP) participou na última quinta-feira (21) do cumprimento de dois mandados de busca e apreensão como parte da Operação Fractal, que apura uma fraude milionária contra a instituição financeira PagSeguro. A ação teve como foco a ocultação de patrimônio supostamente praticada por empresários ligados à Camisaria Colombo e pessoas associadas à empresa de gestão BS Capital.


Coordenada pela Divisão de Crimes Cibernéticos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), a operação ocorreu simultaneamente em São Paulo (SP), Avaré (SP), Brasília (DF) e Birigui (SP), onde a delegacia local prestou apoio às equipes da capital.


Em Birigui, um dos mandados foi cumprido no bairro Ivone Alves Palma, onde uma mulher de 45 anos foi localizada. Na residência, policiais apreenderam documentos e um telefone celular. A mulher foi levada à delegacia para prestar esclarecimentos e foi liberada após ser ouvida.


O segundo mandado tinha como alvo um homem de 55 anos, que não foi encontrado no endereço informado no bairro Cidade Jardim. Segundo familiares, ele teria se mudado para o estado do Maranhão.


De acordo com informações da Polícia Civil, os dois investigados da cidade estariam entre os beneficiados por valores transferidos da conta da BS Capital, empresa apontada como central no esquema de fraudes. A suspeita é de que esses beneficiários tenham atuado como "laranjas" para dissimular movimentações financeiras.


A operação, que mobilizou mais de 20 agentes da Divisão de Crimes Cibernéticos, é resultado de uma investigação iniciada em dezembro do ano passado, após denúncia da empresa PagSeguro. O grupo criminoso teria explorado uma vulnerabilidade no sistema de pagamentos para gerar créditos inexistentes, totalizando transações de aproximadamente R$ 26 milhões, das quais R$ 21 milhões foram efetivamente desviados para outras contas.


Entre os principais alvos da operação estão os irmãos Álvaro Jabur Maluf Júnior e Paulo Jabur Maluf, proprietários da Camisaria Colombo, e Bruno Gomes de Souza, representante legal da BS Capital. Os três foram presos temporariamente. Um quarto investigado, Maurício Miwa, funcionário da empresa de gestão de valores, segue foragido.


Os irmãos Paulo Jabur Maluf, 36, (à esquerda) e Alvaro Jabu Maluf, 39, em registro feito em 2005 — Foto: Vignola, Ayrton/TBA/AYRTON VIGNOLA/FOLHA IMAGEM
Os irmãos Paulo Jabur Maluf, 36, (à esquerda) e Alvaro Jabu Maluf, 39, em registro feito em 2005 — Foto: Vignola, Ayrton/TBA/AYRTON VIGNOLA/FOLHA IMAGEM

Segundo a polícia, a fraude pode ter sido usada para ocultar bens e valores no processo de recuperação judicial da rede varejista Colombo, prejudicando credores do sistema financeiro nacional.


O advogado de Álvaro Maluf Júnior afirmou que teve conhecimento da investigação apenas no dia da operação e que ainda não teve acesso integral aos autos, o que impossibilita uma manifestação mais detalhada.


A operação segue em andamento e o material apreendido em Birigui será analisado pela Delegacia de Crimes Cibernéticos do Deic para dar continuidade às investigações.

 
 
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