MP mantém investigação sobre suposto nepotismo na Prefeitura de Birigui

Recomendações incluem exoneração de parentes e publicação da medida no site oficial.

Por Redação Mantaro | 30/07/2025 • 23h58

Wilson Carlos Rodrigues Borini, Secretário Municipal de Governo – pai da prefeita, condenado por improbidade administrativa e com direitos políticos suspensos. — Foto: birigui.sp.gov.br

Birigui (SP) – O Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo decidiu, por unanimidade, manter o inquérito civil que apura suposta prática de nepotismo na Prefeitura, sob gestão da prefeita Samanta Borini (PSD) e do vice-prefeito Marcelo Parizzati (PSD). A investigação se concentra em cinco nomeações de parentes próximos dos gestores, algumas delas sem qualificação técnica e, em um caso, envolvendo pessoa condenada por improbidade administrativa e com direitos políticos suspensos.

A recomendação do MP, expedida pela Promotoria de Justiça de Birigui, determina a exoneração, no prazo de 30 dias, de: Wilson Carlos Rodrigues Borini (pai da prefeita e secretário de Governo), Rosinei Ulofo de Andrade Parizati (esposa do vice-prefeito e secretária adjunta de Esportes), Silvana Regina Padovan Borini (cunhada da prefeita e secretária adjunta de Assistência Social), Hilário Zerloti (secretário adjunto de Serviços Públicos e parente por afinidade da prefeita) e Fariza de Fátima Ferrer Mansour (secretária adjunta de Cultura e Turismo e companheira do pai da prefeita).

Rosinei Ulofo de Andrade Parizati, Secretária Adjunta de Esportes e Presidente do Fundo de Solidariedade – esposa do vice-prefeito. — Foto: birigui.sp.gov.br

Silvana Regina Padovan Borini, Secretária Adjunta de Assistência Social – cunhada da prefeita.  — Foto: birigui.sp.gov.br

Hilário Zerloti, Secretário Adjunto de Serviços Públicos – parente por afinidade da prefeita.  — Foto: birigui.sp.gov.br

Fariza de Fátima Ferrer Mansour, Secretária Adjunta da Cultura e Turismo – companheira do pai da prefeita. — Foto: birigui.sp.gov.br

Além da exoneração, o município deve publicar a íntegra da recomendação no site oficial e em outros canais de divulgação, além de responder, em até dez dias, se acatará ou não as medidas. O descumprimento pode levar ao ajuizamento de ação civil pública e responsabilização por improbidade administrativa.

A Prefeitura recorreu, alegando que os cargos são de natureza política e previstos em lei municipal, e que os nomeados possuem experiência e qualificação. No entanto, para o relator, conselheiro Fausto Junqueira de Paula, os argumentos não afastam indícios de irregularidades, sendo necessária a continuidade da apuração.

O julgamento, realizado em 29 de julho, manteve a tramitação do inquérito civil na Promotoria de Justiça de Birigui. Não há, até o momento, outras pessoas citadas na recomendação.

Outro lado

A Prefeitura de Birigui informou que acatará integralmente a recomendação do Ministério Público e reafirmou “compromisso com a legalidade, a ética, a transparência e a responsabilidade na gestão pública”.