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Barriga solidária: avó dá à luz à neta para ajudar filha em Birigui (SP)

  • Foto do escritor: Jackson Andrade
    Jackson Andrade
  • 12 de ago.
  • 3 min de leitura

Luciane Mendonça, de 48 anos, gestou a própria neta após a filha ser impedida de engravidar por doença autoimune.


Por Redação Mantaro | 12/08/2025 • 11h07

Lucieni deu à luz Hadassa, filha de Jéssica — Foto: Arquivo pessoal.
Lucieni deu à luz Hadassa, filha de Jéssica — Foto: Arquivo pessoal.

Birigui (SP) se tornou cenário de uma história que tem emocionado o país ao unir amor, solidariedade e fé em um único ato: Luciane Mendonça, de 48 anos, decidiu gestar a própria neta para que a filha, Jéssica Mendonça Bernardes, de 29 anos, pudesse realizar o sonho de ser mãe, mesmo após ser diagnosticada com uma doença que a impede de engravidar.


Diagnosticada aos 19 anos com Esclerodermia Sistêmica, uma doença autoimune rara que compromete o funcionamento de órgãos internos e torna a gestação de alto risco, Jéssica foi informada pelos médicos, em 2023, de que não poderia engravidar. Diante do diagnóstico, ela e o marido, Jefferson Bernardes, consideraram a possibilidade da adoção. No entanto, uma proposta inesperada mudou o rumo da história: Luciane se ofereceu para ser barriga solidária da filha.


Jéssica com a mãe e o marido — Foto: Arquivo pessoal
Jéssica com a mãe e o marido — Foto: Arquivo pessoal

O processo, iniciado meses antes da inseminação, incluiu avaliações médicas, suplementação, acompanhamento jurídico e psicológico, além de diversos exames para assegurar a segurança da gestação. A técnica utilizada foi a fertilização in vitro (FIV), utilizando os materiais genéticos de Jéssica e Jefferson. Luciane, como barriga solidária, não possui vínculo genético com a criança.


O embrião foi implantado com sucesso e a gestação ocorreu sem complicações. O parto de Hadassa aconteceu às 6h39 do dia 23 de julho, na Santa Casa de Birigui (SP), com a bebê pesando 3,230 kg e medindo 51 cm. Segundo a instituição, a avó-mãe foi acompanhada durante todo o processo por uma equipe multiprofissional e passou por todos os protocolos exigidos por lei.


A história ganhou repercussão nacional após ser exibida em uma reportagem do programa Profissão Repórter, da TV Globo, no dia 19 de agosto. Imagens registradas pela equipe do hospital durante o nascimento da bebê foram exibidas, ampliando a visibilidade da história.


Em suas redes sociais, Jéssica compartilhou os momentos mais marcantes da jornada, desde o início do tratamento até o nascimento da filha. Em uma das postagens mais repercutidas, que já ultrapassou 150 mil visualizações, ela escreveu: “O meu corpo não podia, mas o amor da minha mãe me emprestou um ventre”.


A Santa Casa de Birigui (SP), em nota, ressaltou que histórias como a de Luciane e Jéssica reforçam o compromisso da instituição com a vida, o acolhimento e a solidariedade. “Esse exemplo mostra a força do amor familiar e inspira outras famílias a acreditarem no impossível”, destacou o hospital.


Já em casa com a filha, Jéssica conta com o apoio da mãe para a alimentação de Hadassa, uma vez que, devido ao tratamento contínuo, ela não pode amamentar. O leite é fornecido por meio de ordenha feita por Luciane, e complementado com fórmula.


Apesar da experiência intensa, o casal ainda não definiu planos para futuros filhos. Por ora, o foco está em aproveitar cada momento com Hadassa. “Tem sido um sonho realizado. O amor que sinto por ela é incondicional. Ela é um presente de Deus para a nossa família”, afirmou a mãe emocionada.


A história de Luciane, Jéssica e Hadassa se tornou símbolo de esperança e prova de que o amor familiar pode romper barreiras médicas e sociais para transformar vidas.

 
 
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