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Entenda o que são os pontos luminosos vistos no céu de Birigui

Moradores gravaram vídeos na noite de quinta-feira, 3, e disseram ter visto as luzes passando pelo céu da cidade.


Por Redação - Mantaro | 29/08/2020 • 23h54

Na noite da última quinta-feira, 3, os biriguienses mais atentos conseguiram captar um momento curioso. Em vídeos e fotos publicados nas redes sociais, internautas mostram espécie de "trenzinho" luminoso, como se fossem estrelas se movimentando. Vários moradores da região também afirmaram terem visto os aparelhos no céu da cidade.


Essa fileira de luzes se movendo são os satélites Starlink. O que enxergamos, na verdade, é a luz do Sol refletida na carcaça de metal dos satélites - eles não emitem luz própria.


O Starlink é uma rede de mini satélites de telecomunicação criada pela empresa de tecnologia espacial SpaceX, do bilionário Elon Musk, para criar um sistema global com internet mais barata e veloz, capaz de chegar até às áreas remotos do planeta. Já temos 240 satélites da rede Starlink pairando ao redor da Terra.

Os satélites da SpaceX vão estar visíveis no Brasil diariamente pelos próximos dias. Ao todo são 60, eles poderão ser vistos porque estão bem juntos e em órbita relativamente baixa.


Por que os satélites ficam visíveis? O que conseguimos enxergar daqui da Terra, em uma noite escura, parece um cordão de pérolas atravessando o céu. A olho nu, os satélites brilham entre as magnitudes 2 e 6 - são pontos relativamente pálidos no céu. Quanto menor esse número, mais luminoso o objeto. Para que a gente consiga enxergar os satélites, alguns fatores devem acontecer ao mesmo tempo:

  • Céu escuro: deve ser noite no local da observação, longe de luzes, sem nuvens ou poluição

  • Altura do Sol: o disco solar deve estar entre 10 e 25 graus abaixo da linha do horizonte, para que haja luminosidade

  • Ângulo de elevação: o satélite deve estar pelo menos 25 graus acima do horizonte, para que reflita a luz solar

  • Satélite iluminado: os raios de Sol devem estar atingindo diretamente o satélite

Na época do lançamento da segunda frota, em novembro de 2019, um dos registros mais legais da Starlink veio justamente do Brasil. O fotógrafo porto-alegrense Egon Filter tirou uma linda foto em um campo de girassóis no Rio Grande do Sul, mostrando não só o rastro dos satélites, como também a Via Láctea e um meteoro cruzando o céu. Até a NASA publicou a foto na seção "imagem do dia".

Foto do brasileiro Ergon Filter mostra a Starlink passando por aqui - Imagem: Reprodução/Ergon Filter

O plano ambicioso do bilionário é construir uma constelação gigante de 42 mil satélites - para se ter uma ideia da dimensão disso, há cerca de 9.000 estrelas visíveis a olho nu ao redor da Terra.

Por enquanto, eles estão inativos e em fases de testes. Se bem-sucedida, a Starlink formará um sistema global de Internet, mais barata e eficiente, que já poderia começar a funcionar no final de 2020.

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